12 de mar. de 2008

Across the board

Hoje saiu uma matéria comigo em um jornal aqui de Michigan (Metro Times). Eles se interessaram por um brasileiro que veio para os EUA jogar e dar aulas de xadrez. Eu costumo (já que moro bem perto) ir jogar, durante a semana, em um dos prédios da Wayne State University. O lugar (quase uma grande praça de alimentação) é utilizado pelos estudantes como lugar de encontro na universidade. Lá funciona o que pode se chamar "Clube de Xadrez". Nas únicas mesas retangulares do lugar o pessoal vai à tarde jogar xadrez. Blitz. Foi lá que foi feita a reportagem, que está tendo uma grande repercussão (saiu até no blog da Susan Polgar). Como toda matéria feita por quem não é do meio, esta também tem lá suas imprecisões. Ao editarem a materia, fui colocado entre os 100 melhores do mundo, quando eu disse que estava entre os 100 melhores do Brasil pelo rating (na verdade se levada em consideração a lista de jogadores ativos, sou o número 50).
Em seguida me atribuem o título de mestre. Isso é porque os EUA tem sua própria classificação: jogadores entre 2200 e 2399 de rating (americano) são chamados de mestres. E todo mundo em volta com quem a repórter conversava me chamava de mestre. O que é verdade pelos padrões deles. E não se iludam: eles admiram muito jogadores que têm rating FIDE (mesmo apenas razoável como o meu, 2291). Mas aqui as regras são as deles, o rating é o deles e fim de papo.
Tenho sofrido bastante com as regras locais, que ainda vou comentar em outro post. E lembre que quando você vai jogar um torneio aberto por aqui, eles adicionam de 50 a 100 pontos no seu rating FIDE para evitar que você jogue em uma categoria inferior (eu tenho a impressão que o Cicero e o Filguth tem algo a ver com essa história, lá pelo final da década de 70).
E é isso. Virei celebridade na terra de Tio Sam!

Um comentário:

Juliana disse...

não sei se é pra comentar na parte em português ou na parte em inglês, mas mesmo com os erros de informação, a matéria, ficou mto bonita, parabéns! =)