Uma característica interessante desses torneios, particularmente esse d'A Hebraica, é o fato de todos terem algo a perder, o que motiva todos a darem o máximo pela vitória. Os GMs tinham uma pontuação altíssima a defender, o que os obrigou a mostrar toda a sua técnica em todas as partidas. Isso inclui não dar murro em ponta de faca (posições sem futuro contra esse time de fortes jogadores devem ser jogadas só mais um pouquinho e pronto. E mesmo isso aconteceu poucas vezes). Os outros jogadores estão atrás da ambicionada norma de GM. Cada ponto vale ouro. Isso tudo contribui para a emoção constante nas partidas. Vale lembrar que, para mim, um empate bem jogado é tão interessante quanto uma bela vitória.
Bem, o fato é que acabou e nossos heróis não conseguiram a norma, apesar de terem passado muito perto (caso do Krikor). E jogando de igual para igual com os GMs (que, sem dúvida, ainda estão em outro patamar). Só temos que dar os parabéns à Hebraica, aos organizadores que além de promover o torneio, ainda disponibilizaram as partidas na internet, e aos jogadores, que foram as estrelas do espetáculo. E que os órgãos oficiais do xadrez se acostumem a promover torneios como esse e a divulgá-los como se deve. Quem estiver interessado pode ver os resultados no site oficial, ou nos excelentes comentários do Krikor e do Coelho.
Obs.: Impressionante como muitos organizadores interrompem a divulgação, mesmo que só dos resultados, bem no final das competições. E isso é regra. É lastimável o fato de as Federações responsáveis, mesmo com todas as facilidades existentes atualmente, deixarem de divulgar, durante o evento, os resultados e partidas dos maiores torneios do Brasil que são os Jogos Abertos, principalmente em São Paulo e Santa Catarina (e não só da categoria principal, quando existir. O Brasil já tem mais que 4 ou 5 bons jogadores). Não há desculpa para isso.
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