Sábado, 19 de abril, eu dei uma simultânea para oito jogadores no clube e super-loja de xadrez "All the King's men" no Universal Mall, subúrbio de Detroit. Lá estava tendo um torneio de categorias infantis e logo após os jogadores foram convidados a tomar parte da simultânea (inscrição de 10 dólares para adultos e $ 6 abaixo de 18 anos). Depois de ficarem jogando o dia inteiro, era de se esperar que poucos se interessassem em participar (em outras ocasiões houve apenas 3 participantes). Desta vez ficaram 4 adultos e 4 crianças. As de origem asiática eram as mais perigosas, seguindo um processo de evolução no xadrez que está se espalhando por todo o mundo (e pode ser sentido no Brasil já há um bom tempo - Fier, Juliana Terao, Matsuura, e outros). Antes de iniciar a simultânea o sr. Ed Mandell, proprietário da loja, passou o recado, que felizmente eu não ouvi, avisando que quem ganhasse de mim receberia $20 e quem empatasse ganharia $10, a serem retirados em mercadorias na loja. Olha o tamanho do prejú se eu não jogo direito! A Lolinha, que tirou algumas fotos antes de me abandonar aos leões e sair pra fazer compras, foi quem me contou depois. Ela perguntou se, antes de começar as partidas, eu não tive medo de perder todas. Não, mas eu sempre me lembro do Sunye contando quando foi jogar um inter-zonal na Rússia. Um dia os participantes deram uma exibição em praça pública, cada um enfrentando um grupo de jovens jogadores soviéticos. Parece que foi (ou quase foi) um desastre. Ele dizia que aquele bando de crianças podia muito bem estar jogando o torneio. Mas aqui em Detroit, a partida mais difícil foi contra um aluno adulto meu, o Mike, daqui da cidade, com quem tive que jogar muito bem para ganhar. Bem, no final fiz 100% e joguei algumas partidas bem interessantes. Tenho quase certeza que um dos meninos (devidamente acompanhado do pai) trapaceou. Eles analisavam a posição no tabuleiro e quando punham a posição de volta vinha com erros. À certa altura eu troquei várias peças pra ganhar um peão e de repente, do nada, apareceu uma torre defendendo o peão. O pai rindo e o menino com a maior cara de inocente. Resolvi continuar assim mesmo, mas prestando mais atenção naquela partida. Fiz um bonito ataque e dei mate uns 10 lances depois. Pois é, já não se tira doce de criança como antigamente.
20 de abr. de 2008
Simultânea no All The King's Men
Sábado, 19 de abril, eu dei uma simultânea para oito jogadores no clube e super-loja de xadrez "All the King's men" no Universal Mall, subúrbio de Detroit. Lá estava tendo um torneio de categorias infantis e logo após os jogadores foram convidados a tomar parte da simultânea (inscrição de 10 dólares para adultos e $ 6 abaixo de 18 anos). Depois de ficarem jogando o dia inteiro, era de se esperar que poucos se interessassem em participar (em outras ocasiões houve apenas 3 participantes). Desta vez ficaram 4 adultos e 4 crianças. As de origem asiática eram as mais perigosas, seguindo um processo de evolução no xadrez que está se espalhando por todo o mundo (e pode ser sentido no Brasil já há um bom tempo - Fier, Juliana Terao, Matsuura, e outros). Antes de iniciar a simultânea o sr. Ed Mandell, proprietário da loja, passou o recado, que felizmente eu não ouvi, avisando que quem ganhasse de mim receberia $20 e quem empatasse ganharia $10, a serem retirados em mercadorias na loja. Olha o tamanho do prejú se eu não jogo direito! A Lolinha, que tirou algumas fotos antes de me abandonar aos leões e sair pra fazer compras, foi quem me contou depois. Ela perguntou se, antes de começar as partidas, eu não tive medo de perder todas. Não, mas eu sempre me lembro do Sunye contando quando foi jogar um inter-zonal na Rússia. Um dia os participantes deram uma exibição em praça pública, cada um enfrentando um grupo de jovens jogadores soviéticos. Parece que foi (ou quase foi) um desastre. Ele dizia que aquele bando de crianças podia muito bem estar jogando o torneio. Mas aqui em Detroit, a partida mais difícil foi contra um aluno adulto meu, o Mike, daqui da cidade, com quem tive que jogar muito bem para ganhar. Bem, no final fiz 100% e joguei algumas partidas bem interessantes. Tenho quase certeza que um dos meninos (devidamente acompanhado do pai) trapaceou. Eles analisavam a posição no tabuleiro e quando punham a posição de volta vinha com erros. À certa altura eu troquei várias peças pra ganhar um peão e de repente, do nada, apareceu uma torre defendendo o peão. O pai rindo e o menino com a maior cara de inocente. Resolvi continuar assim mesmo, mas prestando mais atenção naquela partida. Fiz um bonito ataque e dei mate uns 10 lances depois. Pois é, já não se tira doce de criança como antigamente.
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5 comentários:
"Lolinha foi fazer compras" parece coisa de socialite! Eu escapei da simultânea durante meia hora e fui à única loja de departamento do shopping (que está falido, fechando as portas, coitado), onde compre duas blusas, num total de 18dólares. E melhor nem dizer quanto tempo fazia que eu não ia às compras...
Fiquei super orgulhosa da atuação do Silvinho na simultânea! Jogou muito bem mesmo. Não era fácil não. Acho que pelo menos 7 daqueles 8 jogadores ganhariam de mim.
Oi Silvio,
Estou comentando porque sua patroa "mandou", depois que eu te defendi das implicâncias dela! Esquenta não, a minha também é chata, mas o que a gente faria sem essas bruacas, né mesmo?
Brigadão por ter posto um link para o meu blog. Ficou legal do jeito que está! Aliás, tento fazer um pouco de graça porque xadrez mesmo que é bom... Eu só vi agora que a Lola falou, mas a culpa é sua, cansei de vir aqui e não achar nada de novo.
Sempre que possível poste partidas suas, de preferência comentadas. (e as historinhas e causos, lógico). Assim é que os capivaras aprendem, vendo como os mestres derrotam os desafortunados.
Abração, Mário Sérgio
Olha o exemplo que o pai tava dando pro filho.
(Vinda diretamente do blog da Lola)
que feio o pai ensinando o filho a trapacear desde pequeno... mas pelo menos vc agnhou assim mesmo. =)
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