15 de dez. de 2008

54 Campeonato Catarinense Absoluto

3a rodada

Rodrigo Disconzi. Um dos mais fortes e técnicos jogadores do país. Esse era o cara a ser batido (um empate de pretas também servia). Já jogamos várias vezes, sempre partidas duras com vitórias para ambos os lados e raríssimos empates, se os há.
Nesta partida em particular (que eu perdi) é interessante comparar as análises dos jogadores e a dos programas (FRITZ e Rybka). Para tanto vou tomar a liberdade de usar as análises postadas em seu blog.
Um adendo: como se pode interpretar a avaliação dos programas referentes a uma certa posição? A grosso modo se pode dizer que a base está no valor do peão, usualmente igual a 1, cavalo e bispo 3, torre 5 e dama 9. Esse valores podem ter ligeira alteração dependendo de cada programa. Mas ele não leva em conta só a vantagem material e sim avalia também a vantagem da posição e combina os dois resultados. Portanto, se em certa posição não existe vantagem material ou de posição, a avaliação é 0,0 . Caso um dos lados ganhe um peão a avaliação se torna 1,0 mas se para ganhar o peão atraso muito o desenvolvimento podemos ter - 0,7.
Portanto ao me deparar com um valor +/= 0,4 (ligeira vantagem para o branco)equivalente a meio peão) e percebo que as pretas têm um peão a mais, isso significa que a posição das brancas é muito melhor e que se não fosse o peão de menos a vantagem branca seria de 1,4 ou quase um peão e meio. E daí? Daí que se as pretas conseguirem se defender a contento pode chegar o momento em que a vantagem material prevalece, caso a vantagem posicional diminua muito. A prática mostra que é muito mais difícil se defender do que atacar pois a defesa consome tempo e o jogador tende a cometer erros. depois dessa conversinha pra boi dormir, vamos à partida.



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3 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Silvio,

Enquanto esta vendo sua partida contra o Disconzi, estava pensando: Mantendo as devidas proporções (ainda sou um GC - Grande Capivara), mas tenho observado que quando tentamos forçar demais trocas de peças (infelizmente as vezes não temos outras opções) se o adversário souber resistir ele acaba aumentando ainda mais a vantagem, tanto posicional quanto material. É claro que o xadrez tem mais excessões do que regras, mas me corrija se eu estiver errado. Mas no seu caso específico, valeu muito mais o título do que a partida pontual contra o Disconzi que também é um grande jogador.

Abraço e sucesso

Edson

Silvio Cunha Pereira disse...

Olá Edson.
Certamente você já não é mais um "capi". O que acontece é que troca de peças, por si só, não é garantia de defesa. Aliás é algo que o lado com vantagem pode e deve utilizar (o lado mais fraco não pode trocar peças pois poderia piorar a posição).
E às vezes é o lado com vantagem que decide trocar as peças corretas para ampliar a vantagem (eliminar peças chaves da defesa).
Um grande abraço e espero que a gente se veja em breve.

Anônimo disse...

Silviom

Muito obrigado pelos comentários !! Também espero que nos vejamos em breve para pelo menos bater um papo enxadrístico.

Edson