11 de nov. de 2009

Semifinal em Vitória - a saga (parte 1)

Poucas vezes eu tive tanta dificuldade em jogar um torneio. Duas semanas atrás estava marcada a semifinal do Brasileiro absoluto para ser em Vitória. Era um torneio que eu aguardava desde o final do ano passado pois como campeão catarinense já estava classificado para a disputa (lembrando que já não é mais um torneio aberto. Somente os pré-classificados por algum dos critérios divulgados pea CBX poderiam participar). Finalmente, uns 15 dias antes, o torneio foi marcado para Vitória no Espirito Santo.

Aí começa a saga. O torneio é bem caro. Só entre hotel e avião não sai por menos de R$800. Acrescente aí uma bela taxa de inscrição de R$100. É possível que durante os 4/5 dias de torneio o jogador queira alimentar-se. Com esse dinheiro todo dá pra ficar em casa, jogar um torneio sozinho e faturar o prêmio de R$1000,oo. Todo esse preâmbulo pra mostrar o quanto pode pesar só a parte financeira de um torneio desses. Mas é um torneio importante: classifica 5 jogadores para a final do brasileiro.

Depois de enfrentar a maior cara feia em casa quando falei o custo, reservei hotel e passagens. Como o voo nào sai de Joinville, tive que ir de madrugada até Curitiba. Chegaria à tarde e a 1a rodada seria à noite.

Aí começa o drama. Recebo o aviso de um amigo que o aeroporto de Vitória esta fechado para pousos e decolagens devido às fortes chuvas e nào tem prazo para rezbrir. As companhias aéreas já estào cancelando os voos para lá. Ainda assim vou a Curitiba e encontro o Frederico Matsuura que tambem está indo no mesmo voo que eu pela TRIP. O Frederico está em contato com o presidente da CBX, morador de Vitória, que decidiu, sabiamente, postergar a primeira rodada para o sábado de manhã. Ficamos sbendo que vários jogadores estão tentado ir de ônibus. O nosso voo sai no horário. Chega ao Rio com um sol esplêndido. O piloto avisa que irá aguardar um possível melhora em Vitória, caso contrário irá para a póxima escala em ...Porto Seguro. Os olhos do Frederico brilham e ele já parece bem conformado em passar o feriadão na Bahia. Com apenas 45 min de atraso (inaceitável pelas novas diretrizes daFIDE) o avião decola. Ao se proximar de Vitória o céu azul dá lugar às densas núvens de chuva. 5 min de voo com visibilidade próxima de zero. É quase impossível deixar de lembrar dos últimos acidentes de avião no Brasil. Já dá pra ver a pista. O piloto, que tinha feito um pouso um tanto quanto, huum, não exatamente suave, no Rio, dessa vez caprichou e pousou suave como uma pena. Logo ficamos sabendo que o nosso tinha sido o único avião a conseguir pousar naquele dia. Um avião da TAM chegou proximo à pista mas não teve coragem e voltou para o Rio.

Já em terra firme fomos ao Hotel, local do torneio e na conversa com o taxista me deu a impressão que o torneio deixaria de ser suiço para ser um shuring (talvez com 2 jogadores - eu e o Frederico) já que ninguém conseguia chegar lá.

O Pablito mostrou uma genuína surprêsa ao nos ver, pois não cria na presença de jogadores de fora naquele dia. Nos passou a informação que muita gente estava tentando vir de carro ou de ônibus. Final da história: o torneio teve apenas 8 desistências. E aí começa a segunda parte do sofrimento: a superpopulação.
(continua)

1a rodada;



2 comentários:

lola aronovich disse...

Teve que enfrentar a maior cara feia em casa! Humpf! Explica o porquê, gafanhoto! Será por que o início do ano que vem será um ano de enormes gastos, já que temos de comprar uma casa e nos mudar pro Nordeste? Coisinhas básicas do dia a dia?

Arraial d'Ajuda disse...

Hahahha, parece um jogo bem amigavel!